O Sonho de um Sertanejo
O meio como chegamos nessa vida jamais é algo que escolhemos, assim como a forma que a deixamos, não escolhemos o destino de chegada nem sabemos qual será a ultima estação.
E foi assim que surgiu um certo sertanejo, um cidadão comum mais com suas qualidades visivelmente concretas, era de família simples , culto apesar da simplicidade, sério e bastante trabalhador.
Como dito no início do texto, não escolheu nascer em um lugar humilde e em uma família carente, mas teve a sorte que isso acontecesse, pois foi justo nessas condições que ele se encontrou consigo mesmo, foi assim que ele foi feliz.
Apaixonado pelo sertão onde escolheu ficar, onde ninguém fazia com que outro lugar, outro mundo ocupasse sua mente , pois aquele era o seu mundo, seu universo.
Esse homem chamava-se José Efigênio Gomes , meu querido tio Nem. Eu Thalles Cavalcante a tempos me perguntava de onde vinha meu talento musical, meu dom para compor e cantar, já que eu não tinha conhecimento de origens musicais na família, a unica coisa que eu sabia era que meu pai havia possuído uma sanfona e que meu avô gostava de fazer serenatas no tempo de jovem em sua cidade natal; a famosa Chã Preta Alagoas, mas tudo isso eram relatos da minha mãe Maria Aparecida, pois ela não tinha muitos detalhes se meu avô era mesmo um Cantor amador ou profissional, como também poderia ser um hob de sua juventude, mas cantava isso é o que importa.
Voltando a falar de meu tio Nem o protagonista desse texto, havia 18 anos que ele não aparecia no agreste alagoano e nem agente tinha ida ao sertão Pernambucano onde ele vivia, foi praticamente minha infância e minha adolescência juntas até ele regressar depois de todo esse tempo.
O que minha mãe e todo mundo dizia era que ele era um homem serio e ao mesmo tempo brincalhão e também muito inteligente.
Quando a vi não demorou muito pra ele me demostrar a sua paixão pela música e me contar que já havia formado uma dupla sertaneja com um amigo, que chamavam-se Zé do Rancho e Mané Lampa, meu tio Nem era o Zé do Rancho.
Me contou que cantavam nos circos e que a ultima musica que cantou junto com seu parceiro foi Luar do sertão, um grande clássico gravado por vários artistas.
Fiquei curioso pra saber outros detalhes, onde era que eles atuavam em que data e tudo mais, e mãe falou que foi quando ele morou no Paraná por um tempo, pois aqui no nordeste ela nunca viu ele cantando. Infelizmente não deu tempo de termos outra conversa de tio pra sobrinho, pois ele faleceu recentemente agora em Junho de 2019, mas resolvi deixar registrado aqui no meu blog pra todos que me conhecem e todos aqueles leitores que por aqui passarem, assim como meu sonho de infância sempre foi ser um artista da música , ficará como tema para sempre que eu lembrar do meu tio Nem; O Sonho de Um Sertanejo!!